O deputado estadual José Dias (PL) voltou à carga contra o governo
Fátima Bezerra (PT) por continuar atrasando a liberação de recursos das
emendas parlamentares: “O argumento da falta de dinheiro é pra umas
emendas, mas tem dinheiro para outras emendas. Esse caráter
discriminatório, ilegal e anti-republicano é que condeno, porque isso é
contra o povo, nossa consciência”.
José Dias disse que “se há uma
coisa que é contra a democracia, é uma discriminação de fato, não, as
suas emendas não foram liberadas porque não têm convênio”.
Dias afirmou, na sessão de quinta-feira (5) da Assembleia
Legislativa, que “trazia, quase sempre, reclamação justa, que achava que
deveria ser desnecessária” em relação a liberação das emendas
parlamentares. “Há o compromisso do governo de pagar as emendas até o
fim do mês e agora ou para o dia 10 de junho. Isso não me
surpreenderia e confesso que até teria compreensão se as coisas fossem
corretas, verdadeiras e transparentes”.
Acontece, segundo Dias,
que o governo do Estado alega dificuldades, “mas há dificuldades para
liberar algumas emendas, porque já foram pagas algumas emendas”, tanto
que “ou dois dias assuntando, procurando informações no próprio
portal do governo na internet e constatou-se que houve liberações de
emendas, agora, selecionadas”.
José Dias disse, ainda, que já havia mostrado em outras sessões, que
duas de suas emendas, perfazem R$ 300 mil e são de fundo a fundo na
saúde, “é só apertar o botão, que essas emendas serão pagas”.
Emenda pela memória de P. João Maria
José Dias
ainda mencionou o jornalista Vicente Serejo, que em sua coluna “Cena
Urbana” da TRIBUNA DO NORTE da quarta-feira (5), questionou o atraso na
liberação de sua emenda para as obras de reforma da praça Padre João
Maria, na Cidade Alta: “SANTO – Alcança as raias do desrespeito o
silêncio do governo na liberação da emenda impositiva que o deputado
José Dias aprovou para as obras de restauração da Praça Padre João
Maria. Absurdo”, diz a nota.
José Dias disse que prefeitura de Natal, num gesto de compreensão, de
piedade cristã e de coragem, antecipou e fez. “É pequena, mas está uma
obra bonita de se ver, mas vamos remanejar os recursos para outra obra
da Prefeitura”, disse.
Mas o grave, segundo Dias, é que “está tentando recursos para a
igrejinha, de onde o padre João Maria saia no jumentinho, em Nazaré,
perto da Cidade da Esperança. Apresentamos uma emenda de R$ 100 mil para
recuperar. É a memória do padre João Maria”, explicou .
Além
disso, Dias afirma que pediu ao governo – “depende apenas de um decreto,
que não vai custar nada”, o tombamento da igrejinha, que “não pode
desaparecer, é patrimônio religioso, moral e cultural não apenas de
Natal, mas do Rio Grande do Norte”, que se somaria ao privilégio do
Estado contar com os Protomártires do Brasil, a beata Irmã Lindalva, que
“teve a graça de conhecer e conviver um pouco quando era bem jovem”;.
Agora, explicou Dias, o RN tem a oportunidade, “espero que o Vaticano
nos dê esse ato de justiçam de podermos venerar nos altares o padre
João Maria, começando por sua beatificação, cujo processo já está em
Roma”.
Governista diz que prazo ainda está em vigor
O líder do governo, deputado Francisco do PT, deu sua versão
declarando que não iria polemizar e nem rebater José Dias, mas disse que
ao trazer informações sobre os pagamentos de emendas parlamentares de
2025, “trouxe uma proposta, inicialmente questionada por deputados, e
levamos a contraposta ao governo do Estado”. Segundo Francisco do PT, o
governo apresentou outra contraproposta, comprometendo-se a pagar R$ 1
milhão nos meses de maio e junho, “com possibilidade, se houvesse algum
imprevisto, de concluir essa primeira etapa de R$ 1 milhão até 10 de
julho” .
“Eu não disse em momento nenhum, que o governo ia pagar
R$ 1 milhão em até o final de maio, não coloque palavras na minha boca,
se não chegamos ao final de junho, e nem a 10 de julho, que foi o
compromisso que trouxe como líder do governo ao lado do vice-líder Dr.
Bernardo, não entendo porque alguns deputados questionam quebra de
compromisso, se o prazo estabelecido ainda não foi vencido”, continuou o
líder governista.
Francisco do PT itiu que alguns deputados têm razão, porque foram
pagas umas emendas e outras não, “mas se até o 10 de julho, que foi o
compromisso que assumiu em nome do governo e não tiver pago as emendas
de cada deputado, vou aceitar a cobrança, se a palavra dada ainda não
foi concluída”.
Dias ainda contrapôs: “Não estou cobrando dos
deputados Francisco e doutor Bernardo (PSDB), estou cobrando é da
governadora, que é quem tem o dedo para apertar no botão.
Já o deputado estadual Tomba Farias (PL) aparteou o debate para fazer
um pequeno esclarecimento: “Em parte o líder do governo tem razão: “O
que foi acertado é que ia ser pago R$ 500 mil até 30 de maio e R$ 500
mil até 30 de junho, e se por acaso tivesse algum problema, poderia
chegar até 10 de julho”.
Tribuna do Norte