O brutal assassinato da psicóloga Fabiana Maia Veras, ocorrido em Assú, no interior do Rio Grande do Norte, completou um ano nesta quarta-feira (23). O crime chocou a comunidade local e todo o estado.Fabiana, de 42 anos, foi encontrada morta em sua clínica onde também residia, com sinais de violência extrema.
O principal suspeito do feminicídio,
João Batista Carvalho Neto, servidor do Tribunal de Justiça do RN, foi
preso em flagrante no dia seguinte ao crime, no dia 25 de abril de 2024. Ele permanece custodiado na Cadeia Pública de Caraúbas.
Relembre o caso que abalou o RN 5a4y33
Segundo as investigações, João Batista teria cometido o crime por motivação ional. Ele buscava informações sobre sua ex-namorada, que mantinha vínculos com Fabiana. Imagens de câmeras de segurança mostraram o suspeito entrando na residência da vítima, encapuzado e com luvas.
Laudos periciais confirmaram 18 lesões no corpo da psicóloga, entre ações contundentes e perfurocortantes. Além disso, exames de DNA identificaram sangue da vítima no sapato do suspeito. A pegada encontrada no local do crime também corresponde ao calçado de João Batista.
O delegado responsável pelo caso, Valério Kuerten, indiciou o suspeito por homicídio triplamente qualificado: meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e motivo fútil.
Para ele, o crime foi premeditado. “Ele conhecia a vítima e a vítima
conhecia ele, tanto é que franqueou a entrada no consultório, apenas
estranhou a vestimenta”, comentou.
As câmeras de segurança
registraram o momento da chegada de João Batista, porém, o suspeito e a
psicóloga seguiram para a área íntima do local, onde fica a residência
de Fabiana Maia. No local, não há circuito interno de vigilância. Para o
delegado, João Batista sabia que as câmeras estavam posicionadas apenas
na área da clínica. A psicóloga foi morta em um dos quartos da casa.
Depoimento de ex-namorada de João 10h60
Ainda segundo as investigações da Polícia Civil, João acreditava que a
psicóloga aconselhava sua ex-namorada a não reatar o relacionamento.
A ex-namorada de João Batista foi ouvida pela polícia.
Em uma declaração emocionada, segundo o delegado Valério Kuerten, que
acompanhou o caso, ela falou sobre sua amizade com Fabiana e o
relacionamento com João Batista, também conhecido como João “Bomba”.
Para a polícia, a ex-namorada de João, identificada como Ana
Clara, relatou que o relacionamento entre eles acabou há dois anos e,
desde então, ela o bloqueou nas redes sociais e não mantinha mais nenhum
tipo de contato com ele. “Ela relatou que, durante o relacionamento,
ele era uma pessoa frustrada, que fazia um acompanhamento psicológico,
utilizava medicamentos florais, nada de remédios tarja preta. Ele era um
pouco possessivo, controlador e não conseguia manter uma amizade com os
amigos dela. Chegou um momento que ela não aguentou mais e resolveu
encerrar o relacionamento e não teve mais contato”, disse o delegado.
O delegado descartou qualquer tipo de relacionamento amoroso entre a psicóloga e João.
Informalmente, após ser preso, João chegou a relatar que queria ter o ao celular de Fabiana.
“Só as conversas dele com Fabiana no celular podem confirmar se eles
combinaram de se encontrar em Assú no dia em que ela foi morta, ou se
ele chegou até a clínica de forma surpresa”, disse o delegado na época.